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Trauma para pais, greve ameaça escolas do Estado
 
08/04/2010
Fonte: HOJE EM DIA

Trauma para pais, greve ameaça escolas do Estado. Na rede municipal de Belo Horizonte, paralisação mudou a rotina de crianças e das famílias, Servidores da educação e da saúde da capital fizeram uma manifestação no Centro. Escolas da rede estadual podem amanhecer sem aulas nesta quinta-feira (8), se os servidores da Educação cumprirem a ameaça de paralisação, definida em assembleia no dia 16 de março. O movimento colocaria em risco as aulas de cerca de 2 milhões de alunos. Embora tenham programado greve por tempo indeterminado, os servidores avaliam nesta quinta, no pátio da Assembleia Legislativa, a proposta de reajuste de 10% oferecida pelo Governo do Estado. Em Minas há cerca de 200 mil servidores. Eles reivindicam piso de R$ 1.312 para o nível médio. Procurada pelo HOJE EM DIA, a assessoria de imprensa do Governo de Minas preferiu não comentar a decisão dos servidores, alegando que aguarda os acontecimentos de hoje para decidir o que será feito.

 

A manicure Cecília Pimenta de Melo, 32 anos, espera que os profissionais não paralisem as atividades. Ela tem dois filhos, de 9 e 12 anos, matriculados em uma escola estadual no Bairro Dom Cabral, Região Noroeste de BH. “Trabalho o dia inteiro e não tenho como vigiá-los, principalmente o mais velho, que adora ficar na rua”, desabafou.

 

Já os professores das escolas municipais de Belo Horizonte estão em greve desde o dia 18 de março. Para a pequena Maria Clara Silva Moreira Leite, 5 anos, tempo de diversão. Mas para a sua mãe, a assistente de vendas Ana Paula da Silva, 28 anos, a greve da rede municipal de ensino significa a mudança de rotina para toda a família e até mesmo prejuízos. “Hoje (quarta-feira) tive que perder meio dia de trabalho para pegá-la na casa da vizinha, que fica com ela na parte da manhã, mas teve que acompanhar o marido ao médico à tarde”, disse a mãe.

 

Maria Clara está matriculada na educação infantil da Escola Municipal Henriqueta Lisboa, no Bairro São Marcos, Região Nordeste da capital, em greve há cerca de dez dias. Quando tem aula, ela fica até às 13 horas na casa da vizinha, a confeiteira Josele Andrea Nascimento Carvalho, 36 anos, que a leva para a escola neste horário. Por volta das 17 horas, Ana Paula já está em casa esperando a filha. “Meu dia é pautado na ida dela para a escola. Com a greve tudo saiu da rotina”.

 

Ana Paula não sabia, até o início da tarde desta terça-feira (7), com quem Maria Clara ficaria nesta quarta-feira (8) na parte da tarde. Como os pais da assistente de vendas moram no Bairro Glória, Região Noroeste de BH, e ela trabalha em Vespasiano, na RMBH, levar a filha para a casa dos avós seria inviável.

 

Com os dois filhos, de 4 e 11 anos, matriculados na mesma escola que Maria Clara, Josele não teve problemas com a greve porque trabalha em casa. “Mesmo assim muda a rotina de todo mundo”, diz. O filho mais velho da confeiteira, Geovanni Torres Moreira Junior, até que está gostando das “férias” forçadas, mas está consciente de que terá que repor as aulas aos sábados. A irmã dele, Júlia Lúcia Nascimento Carvalho, também aproveita a greve para se divertir. Ontem, ela e a colega Maria Clara se esbaldaram na piscina, sob os olhares atentos de Josele.

 

Balanço da Secretaria Municipal de Educação revela que 10% das escolas estão paralisadas. No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores da Rede Municipal estima que este número é de 75%. Os professores reivindicam 22,41% de reajuste para recompor as perdas desde 1996.

 

A Prefeitura de Belo Horizonte conseguiu, na semana passada, uma liminar no Tribunal de Justiça de Minas que determina o fim da greve. Desde a última segunda-feira, o sindicato que representa os professores terá que pagar R$ 50 mil de multa por cada dia de greve. Os servidores da educação e da saúde da capital fizeram nesta quarta-feira (7) uma manifestação na porta da PBH.

 

Após reunião com o governador Antonio Anastasia, na manhã desta quarta-feira (7), o prefeito de BH, Marcio Lacerda, disse acreditar que a greve dos professores municipais chegará ao fim na próxima sexta-feira, 9 de abril, já que a prefeitura está disposta a negociar com os grevistas. “As exigências são muito elevadas e a prefeitura não tem condições de atendê-las. Estamos preparados para discutir a reposição da inflação do ano passado e é possível atender algumas demandas de ordem administrativa que melhorem a qualidade da relação funcional da burocracia da prefeitura com os funcionários”, garantiu o prefeito.

 

Já os alunos da rede particular de ensino voltaram às atividades ontem, depois de dois dias de paralisação. Em reunião com o Sindicato dos Professores Particulares (Sinpro), o Sindicato das Escolas Particulares (Sinep) se comprometeu a enviar um documento às escolas para que não haja qualquer tipo de retaliação aos educadores que paralisaram.


 
 

        

 

 
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